1.9.12

a vista tem uma hora que acostuma


De repente, como um barco que aporta. Uma ave que pousa. Uma bicicleta que dobra a esquina.

De repente, como uma janela que escancara com o vento - veneziana azul patinada pelo tempo, de encontro à parede caiada; com estrépito.

O sol coruscante aqui fora. A janela é só um quadrado de penumbra fresca, dentro não se vê nada.

Ainda.

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