No fundo do quintal passava um rio largo cuja existência tornou-se de tal modo parte dela que mesmo depois de adulta — mesmo muito depois de a casa, o jardim e o rio terem desaparecido — suas águas vagarosas continuariam fluindo em suas veias, seu barro daria cor à sua pele e seu gosto lhe inundaria a boca nos momentos mais felizes da vida, e também nos mais dolorosos.
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